Praça da República
Loiça tradicional |
Ou mais popularmente conhecida, Praça da Fruta, é um ponto fulcral de passagem numa visita às Caldas.
Este mercado diário, o único praticamente inalterável desde o início do século XIX, realiza-se todas as manhãs, ao ar livre.
Aqui pode-se encontrar de tudo! Desde a legumes, frutas, frutos secos, queijos e chouriços, bolinhos deliciosos de batata doce até a cestaria, peças para a casa, flores e as tradicionais loiças das Caldas. É uma miscelânea de cores e cheiros autêntica.
As formas da calçada, delineiam a área dos vendedores, cada quadrado corresponde a uma banca, enquanto que as flores, estrelas e linhas curvas enfeitam o espaço por onde o comprador circula. Assim se forma um contraste de pretos e brancos, bastante notório durante a tarde, quando a praça fica despida do mercado.
Hospital Termal
Mastro do nascimento da cidade das Caldas da Rainha, o Hospital Termal, construído sobre aguás sulfúreas ali existentes, foi fundado em 1485, pela Rainha D. Leonor.
É o Hospital Termal mais antigo do mundo, e foi o primeiro hospital em Portugal com assistência médica permanente.
A conclusão das primeiras obras do hospital foram em 1488, recebendo o nome de Nossa Senhora do Pópulo, pois era um hospital que se destinava ao povo. Contudo, estas águas termais tornaram-se bastante populares, e assim, D. Afonso V ordenou que o hospital fosse reconstruído e ampliado, tornando-o num local popular entre a nobreza e a realeza.
Mais tarde, sob o reinado de D. João V, o hospital é significamente remodelado e reconstruído. Foram criadas piscinas, acrescentaram-se mais dois pisos e a fachada foi alterada para o estilo joanino, frequentemente usado na época. Ainda foram construídos o Palácio Real e um conjunto de três chafarizes, onde está incluído o Chafariz das Cinco Bicas, único que ainda existe.
Nos séculos posteriores, devido à crescida afluência ao hospital, verificou-se uma série de inovações. O hospital tornou-se património do estado o que permitiu a modernização de equipamentos e das intalações. Foram também criadas estruturas complementares, como o Parque D. Carlos I que serviria de local de lazer para os termalistas, e onde estava incluído o balneário termal e novos pavilhões hospitalares.
Hoje em dia o hospital perdeu muito a sua importância, necessitando de uma remodelação tanto interna como para o exterior. Mesmo assim, o hospital é um ponto de referência para pacientes com doenças respiratórias, reumáticas e músculo-esqueléticas ou em casos de recuperação pós-trumática. Dipõe também de serviços de internamento, reabilitação, de hidrologia e de medicina física.
Igreja Nossa Senhora do Púpulo
Situada junto ao Hospital Termal, a Igreja foi inicialmente uma pequena capela construída (ano de 1500) juntamente com o Hospital.
Devido ao forte crescimento da população, nos anos seguintes, a Rainha solicitou ao Papa Júlio II que a capela se torna-se Igreja Matriz, o que chegou a acontecer em 1508. Em 1505 foi adicionada a torre sineira, doada pelo rei D. João V, sendo a dimensão do seu pêndulo considerada rara.
A nível arquitectónico, a Igreja combina elementos do tardo-gótico europeu com características mudéjares e manuelinas. O interior é revestido por azuleijos seiscentistas, ainda provenientes da primeira construção hispano-árabe. Destacam-se também os altares em talha dourada, as pinturas sobre madeira do século XVI e o arco triunfal, sobre este destaca-se um tríptico da Paixão de Cristo.
A Igreja Matriz é considerada Monumento Nacional desde 1910, tendo em 2008 sido feita uma restauração do relógio da torre.