segunda-feira, julho 19, 2010

Caldas da Rainha

Apesar desta não ser nem a minha cidade, nem a minha região, sempre tive uma grande curiosidade nas Caldas da Rainha.
O mercado, com os bolinhos únicos de batata doce; as duas grandes manchas verdes que dão um toque bastante natural à cidade, as ruas estreitas e as casinhas todas juntinhas e antigas..

Assim, já que passo aqui algum tempo, decidi fazer umas pesquisas e falar um pouco da cidade.. Espero que seja interessante e que se possa aprender mais um pouco, tal como eu aprendi muitas das coisas que caracterizam a cidades ( e não fazia a mínima ideia!!)

Desenvolvo também a minha recente paixão - a fotografia. Tentarei mostrar da melhor perspectiva esta bonita cidade.

Enjoy =)



Localização Geográfica

82Km de Lisboa
243Km do Porto

Região: Centro
Sub-Região: Oeste
Distrito: Leiria
Concelho: Caldas da Rainha
Freguesias: 16



Habitantes: cerca de 25 000
Feriado Municipal: 15 de Maio


História da Cidade


Caldas da Rainha é um nome, intrinsecamente, associado às termas, complementadas pelas águas sulfurosas que tem a capacidade de curar qualquer doença.

Pelo final do Século XV, diz-se que a Rainha D. Leonor e a sua ilustre corte, passeavam pela região, numa viagem de Óbidos à Batalha, e por diversas vezes notaram num grupo de pessoas que se banhava numas águas com um cheiro muito intenso.

Como não era nada costume tomar-se benho naquela época, a Rainha despontou curiosidade em saber o porquê das pessoas ali estarem, ao que responderam que a água tinha poderes curativos.

Para comprovar tal afirmação, a Rainha decidiu também experimentar aquelas águas, pois sofria de uma doença que há muito não conseguia curar.

Assim, após ter conseguido curar-se, a Rainha mandou construir um hospital termal naquele local, para que todos ali se pudessem tratar. À volta, a Rainha fundou uma pequena povoação, dando o nome de Caldas da Rainha, dando o benefício de isenção de impostos à população.

Este local tornou-se no seu espaço pessoal, onde desenvolveu muitos dos seus projectos, sobretudo culturais, perservando assim as artes e protegendo os artistas. Este fenómeno manteu-se até hoje, sendo as Caldas conhecida como um centro de artistas e de arte.

Ao longo dos tempos, as termas foram usufruídas não só pela população em geral como também pela família real e pelos elementos da corte. D. Afonso V acabou por ter de reconstruir e ampliar o hospital, o que permitiu o desenvolvimento da vila.

A povoação das Caldas da Rainha foi crescendo, atingindo o estatuto de vila em 1511. No final do século XIX até ao início do século XX, a estância termal das Caldas estava no seu auge, sendo um dos locais predilectos da nobreza e aristocracia.

Em 1927, Caldas da Rainha atinge o estatuto de cidade. Desde então, têm crescido bastante, sendo beneficiada pela proximidade do mar (praia Foz do Arelho e Salir do Porto). Está bastante bem situada, entre a famosa vila de Óbidos e a cidade de Alcobaça. Antigamente, estes eram dois grandes polos de comércio, tendo as Caldas benificiado da sua centralidade, desenvolvendo-se também como um centro de comércio.

Nesta cidade nasceram figuras como José Malhoa, pintor do final do século XIX, autor do famoso quadro “O Fado”, assim como Rafael Bordal Pinheiro, popular caricaturista, que fundou a Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha, onde se deu início à fabricação da loiça das Caldas. As suas obras são retratos do povo, repletas de humor.

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