sexta-feira, julho 23, 2010

CdR - A Visitar




Praça da República


Loiça tradicional
Ou mais popularmente conhecida, Praça da Fruta, é um ponto fulcral de passagem numa visita às Caldas.

Este mercado diário, o único praticamente inalterável desde o início do século XIX, realiza-se todas as manhãs, ao ar livre.

Aqui pode-se encontrar de tudo! Desde a legumes, frutas, frutos secos, queijos e chouriços, bolinhos deliciosos de batata doce até a cestaria, peças para a casa, flores e as tradicionais loiças das Caldas. É uma miscelânea de cores e cheiros autêntica.


As formas da calçada, delineiam a área dos vendedores, cada quadrado corresponde a uma banca, enquanto que as flores, estrelas e linhas curvas enfeitam o espaço por onde o comprador circula. Assim se forma um contraste de pretos e brancos, bastante notório durante a tarde, quando a praça fica despida do mercado.

                                          








Hospital Termal

Mastro do nascimento da cidade das Caldas da Rainha, o Hospital Termal, construído sobre aguás sulfúreas ali existentes, foi fundado em 1485, pela Rainha D. Leonor.

É o Hospital Termal mais antigo do mundo, e foi o primeiro hospital em Portugal com assistência médica permanente.

A conclusão das primeiras obras do hospital foram em 1488, recebendo o nome de Nossa Senhora do Pópulo, pois era um hospital que se destinava ao povo. Contudo, estas águas termais tornaram-se bastante populares, e assim, D. Afonso V ordenou que o hospital fosse reconstruído e ampliado, tornando-o num local popular entre a nobreza e a realeza.

Mais tarde, sob o reinado de D. João V, o hospital é significamente remodelado e reconstruído. Foram criadas piscinas, acrescentaram-se mais dois pisos e a fachada foi alterada para o estilo joanino, frequentemente usado na época. Ainda foram construídos o Palácio Real e um conjunto de três chafarizes, onde está incluído o Chafariz das Cinco Bicas, único que ainda existe.

Nos séculos posteriores, devido à crescida afluência ao hospital, verificou-se uma série de inovações. O hospital tornou-se património do estado o que permitiu a modernização de equipamentos e das intalações. Foram também criadas estruturas complementares, como o Parque D. Carlos I que serviria de local de lazer para os termalistas, e onde estava incluído o balneário termal e novos pavilhões hospitalares.

Hoje em dia o hospital perdeu muito a sua importância, necessitando de uma remodelação tanto interna como para o exterior. Mesmo assim, o hospital é um ponto de referência para pacientes com doenças respiratórias, reumáticas e músculo-esqueléticas ou em casos de recuperação pós-trumática. Dipõe também de serviços de internamento, reabilitação, de hidrologia e de medicina física.



Igreja Nossa Senhora do Púpulo

Situada junto ao Hospital Termal, a Igreja foi inicialmente uma pequena capela construída (ano de 1500) juntamente com o Hospital.

Devido ao forte crescimento da população, nos anos seguintes, a Rainha solicitou ao Papa Júlio II que a capela se torna-se Igreja Matriz, o que chegou a acontecer em 1508. Em 1505 foi adicionada a torre sineira, doada pelo rei D. João V, sendo a dimensão do seu pêndulo considerada rara.

A nível arquitectónico, a Igreja combina elementos do tardo-gótico europeu com características mudéjares e manuelinas. O interior é revestido por azuleijos seiscentistas, ainda provenientes da primeira construção hispano-árabe. Destacam-se também os altares em talha dourada, as pinturas sobre madeira do século XVI e o arco triunfal, sobre este destaca-se um tríptico da Paixão de Cristo.

A Igreja Matriz é considerada Monumento Nacional desde 1910, tendo em 2008 sido feita uma restauração do relógio da torre.

segunda-feira, julho 19, 2010

Caldas da Rainha

Apesar desta não ser nem a minha cidade, nem a minha região, sempre tive uma grande curiosidade nas Caldas da Rainha.
O mercado, com os bolinhos únicos de batata doce; as duas grandes manchas verdes que dão um toque bastante natural à cidade, as ruas estreitas e as casinhas todas juntinhas e antigas..

Assim, já que passo aqui algum tempo, decidi fazer umas pesquisas e falar um pouco da cidade.. Espero que seja interessante e que se possa aprender mais um pouco, tal como eu aprendi muitas das coisas que caracterizam a cidades ( e não fazia a mínima ideia!!)

Desenvolvo também a minha recente paixão - a fotografia. Tentarei mostrar da melhor perspectiva esta bonita cidade.

Enjoy =)



Localização Geográfica

82Km de Lisboa
243Km do Porto

Região: Centro
Sub-Região: Oeste
Distrito: Leiria
Concelho: Caldas da Rainha
Freguesias: 16



Habitantes: cerca de 25 000
Feriado Municipal: 15 de Maio


História da Cidade


Caldas da Rainha é um nome, intrinsecamente, associado às termas, complementadas pelas águas sulfurosas que tem a capacidade de curar qualquer doença.

Pelo final do Século XV, diz-se que a Rainha D. Leonor e a sua ilustre corte, passeavam pela região, numa viagem de Óbidos à Batalha, e por diversas vezes notaram num grupo de pessoas que se banhava numas águas com um cheiro muito intenso.

Como não era nada costume tomar-se benho naquela época, a Rainha despontou curiosidade em saber o porquê das pessoas ali estarem, ao que responderam que a água tinha poderes curativos.

Para comprovar tal afirmação, a Rainha decidiu também experimentar aquelas águas, pois sofria de uma doença que há muito não conseguia curar.

Assim, após ter conseguido curar-se, a Rainha mandou construir um hospital termal naquele local, para que todos ali se pudessem tratar. À volta, a Rainha fundou uma pequena povoação, dando o nome de Caldas da Rainha, dando o benefício de isenção de impostos à população.

Este local tornou-se no seu espaço pessoal, onde desenvolveu muitos dos seus projectos, sobretudo culturais, perservando assim as artes e protegendo os artistas. Este fenómeno manteu-se até hoje, sendo as Caldas conhecida como um centro de artistas e de arte.

Ao longo dos tempos, as termas foram usufruídas não só pela população em geral como também pela família real e pelos elementos da corte. D. Afonso V acabou por ter de reconstruir e ampliar o hospital, o que permitiu o desenvolvimento da vila.

A povoação das Caldas da Rainha foi crescendo, atingindo o estatuto de vila em 1511. No final do século XIX até ao início do século XX, a estância termal das Caldas estava no seu auge, sendo um dos locais predilectos da nobreza e aristocracia.

Em 1927, Caldas da Rainha atinge o estatuto de cidade. Desde então, têm crescido bastante, sendo beneficiada pela proximidade do mar (praia Foz do Arelho e Salir do Porto). Está bastante bem situada, entre a famosa vila de Óbidos e a cidade de Alcobaça. Antigamente, estes eram dois grandes polos de comércio, tendo as Caldas benificiado da sua centralidade, desenvolvendo-se também como um centro de comércio.

Nesta cidade nasceram figuras como José Malhoa, pintor do final do século XIX, autor do famoso quadro “O Fado”, assim como Rafael Bordal Pinheiro, popular caricaturista, que fundou a Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha, onde se deu início à fabricação da loiça das Caldas. As suas obras são retratos do povo, repletas de humor.